Data: 01-02-2012
Criterio: B1ab(iii)
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG: Marcelo
Especialista(s):
Justificativa
Nidularium minutum é endêmica do Brasil e ocorre nos Estados de São Paulo e Paraná (registro duvidoso). Apresenta EOO=10.260,13 km², e está sujeita a quatro situações de ameaça. Espécie terrestre, vive preferencialmente no solo da Mata Atlântica de encosta. Sua região de ocorrência perdeu extensas áreas de cobertura florestal devido aos efeitos das atividades agrícolas, que acarretaram a perda de área e o declínio da qualidade do hábitat. Assim, a espécie foi avaliada como "Vulnerável" (VU).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Nidularium minutum Mez;
Família: Bromeliaceae
Sinônimos:
Espécie originalmente publicada na obra Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 16: 4. (1919) por Mez, teve o holótipo, depositado no Museu Botânico de Berlim-Dahlem, destruído durante a Segunda Guerra. Foi designado então um neótipo, a partir de material coletado na mesma localidade (Serra de Paranapiacaba), que contemplava de maneira mais fiel as características descritas nas informações fornecidas pelo protólogo do holótipo (Leme, 2000). N. minutum pertencia ao gênero Wittrockia, quando foi proposto uma nova combinação no gênero Nidularium, por apresentar todas as características do mesmo sensu Smith. N. minutum deve ser incluído no "subcomplexo amazonicum" do "complexo branco", possuindo afinidades morfológicas com N. amazonicum e N. krisgreeniae. Entretanto, pode ser diferenciado destes pelo habito longamente estolonífero, escapo floral excedendo as bainhas foliares por uma vez e meia a duas vezes e meia o seu comprimento, sendo a inflorescência bipinada e em forma de estrela no ápice (Leme, 2000).
Forma núcleos populacionais mais ou menos extensos (Leme, 2000).
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente no Estado de São Paulo (Leme, 2000; Moreira, 2002; Martinelli et al., 2008; Forzza et al., 2011).Possuí um registro aparentemente atípico para o estado do Paraná, feito em 1984 na Serra da Graciosa (CNCFlora, 2011), mas que não é levado em consideração pelos trabalhos mais recentes (Leme, 2000; Moreira 2002; Wanderley et al., 2007; Martinelli et al., 2008). A espécie foi coletada entre 700 e 1.000 m de altitude (Leme, 2000). Foi considerada como "Rara" (Wanderley et al., 2009).
Espécie terrestre rizomatosa de porte herbáceo (Moreira et al., 2007 apud. Viana 2007), ocorre preferencialmente no solo da floresta atlântica de encosta (Leme 2000; Moreira 2002; Wanderley et al. 2007). Foi registrada com flores entre os meses de dezembro e fevereiro (Leme, 2000).
4.3 Corridors
Situação: on going
Observações: A espécie foi registrada dentro dos limites do Corredor de Biodiversidade Serra do Mar da Mata Atlântica (Martinelli et al., 2008).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada presumivelmente "Extinta" (EX) no em avaliação de risco de extinção empreendida para o Estado de São Paulo (SMA-SP, 2004).
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie parece representar um endemismo da Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba (Leme, 2000; Moreira, 2002; Wanderley et al., ,2007)
5.7.1 Captive breeding/Artificial propagation
Situação: needed
Observações: A espécie parece ter dois ou três clones com a mesma procedência, que não são suficientes para se traçar estratégias eficientes de conservação ex situ (Leme, 2000).
- FORZZA, R.C. ET AL. Bromeliaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB000066>.
- MARTINELLI, G.; VIEIRA, C. M.; LEITMAN, P. ET AL. Bromeliaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.186, 2009.
- WANDERLEY, M. G. L.; LOUZADA, R. B.; SOUSA, G. M. DE ET ALGIULIETTI, A. M.; RAPINI, A.; ANDRADE, M. J. G. DE ET AL. Bromeliaceae. Belo Horizonte, MG: Conservação Internacional, 2009. 496 p.
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.
- MARTINELLI, G.; VIEIRA, C. M.; GONZÁLEZ, M. ET AL. Bromeliaceae da Mata Atlântica Brasileira: Lista de Espécies, Distribuição e Conservação. Rodriguésia, v. 59, n. 1, 2008.
- BIANCA ALSINA MOREIRA. Nidularium Lemaire (Bromelioideae, Bromeliaceae) do estado de São Paulo, Brasil. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro, RJ: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2002.
- WANDERLEY, M.G.L. ET AL. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. 2007.
- LEME, E.M.C. Niudularium - bromélias da Mata Atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Sextante, 2000.
- Banco de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.
CNCFlora. Nidularium minutum in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Nidularium minutum
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 01/02/2012 - 16:29:09